30 Anos de Ceilândia Solidária

CHEGOU A HORA, QUEM FECHA COM A GENTE?

Ao longo de 30 anos, o Natal Solidário do projeto CEILÂNDIA SOLIDÁRIA do rapper Japão vem transformando o Natal de centenas de famílias. Este ano, a meta é entregar 200 cestas básicas e frangos, proporcionando alimentos essenciais para uma ceia especial.


CADA CESTA BÁSICA INCLUIRÁ:
• Arroz (5 kg)
• Feijão (2 kg)
• Macarrão (2 pacotes)
• Óleo (1 litro)
• Açúcar (2 kg)
• Farinha (1 kg)
• Sal (1 kg)
• Café (1 pacote)
• Enlatados (ex.: sardinha, milho)
• Frango congelado (1 unidade por cesta)

COMO COMEÇOU?

Histórico do Projeto

Na década de 1990, o rapper Japão, junto com sua mãe, Dona Ercília, e amigos, tomou a iniciativa de entregar cestas básicas no final do ano para pessoas em situação de vulnerabilidade social na cidade de Ceilândia. Assim, em 1994, nasceu a nossa campanha de Natal, que mais tarde evoluiu para o projeto Ceilândia Solidária.

Com o passar dos anos, a campanha cresceu, e o alcance das doações se expandiu para outras datas comemorativas, como Páscoa, Dia das Crianças e outras ocasiões especiais. Porém, em 2020, com a chegada da pandemia, a situação se agravou: um número ainda maior de famílias passou a precisar de assistência. Desde março daquele ano, intensificamos nossas ações para atender a essa demanda crescente.

Diante do aumento das necessidades e da falta de atenção do estado, decidimos, com o apoio inestimável de todos vocês, expandir nossas atividades para voltar a atender as 810 famílias que dependiam do nosso suporte. Graças ao trabalho árduo de nossa equipe e colaboradores, conseguimos reduzir significativamente o número de famílias assistidas, mas a necessidade continua presente, e não podemos parar.

Hoje, celebrando 30 anos de ações do projeto Ceilândia Solidária, nosso compromisso de cuidar da comunidade permanece mais forte do que nunca. Seguimos em frente, conscientes de que, embora a pandemia tenha chegado ao fim, as ações de solidariedade e apoio precisam continuar, porque as dificuldades da nossa gente não podem esperar por milagres.

Rapper Japão

JUNTOS, ABRAÇAMOS MAIS FAMÍLIAS!

30 Anos de Doações

Famílias Assistidas
0 +
Famílias Cadastradas
0 +

O que arrecadamos e doamos?

Cesta básica e Higiene

Cestas Básicas
Produtos de limpeza: Esponja, Sabão em pó, Saco de lixo, Água sanitária e Papel higiênico.
Produtos de higiene pessoal: Sabonete, Creme dental, Escova de dentes e Shampoo

Brinquedos

Bola, carrinhos, bichos de pelúcia, bonecas, jogos, livros, bolinhas de gude, peteca, ioiô, bambolê, pião, tijolinho mágico, pega varetas, bate-bola, autorama, mola colorida, móbiles, tapetes coloridos, chocalhos, instrumentos musicais, brinquedos de empilhar e encaixar e fantoches

Doações via Pix

Com os recursos são adquiridas cestas básicas, medicações de alto custo, insumos hospitalares, brinquedos e cobertores para a população em situação de rua, entre outras as datas comemorativas como: Natal, Páscoa, Dia das Crianças, Dia das Mães, toda destinação são para famílias em vulnerabilidade social de Ceilandia e regiões do DF.

PIX: ceilandiasolidaria2022@gmail.com

Principais datas de arrecadação

Natal

Páscoa

Dia das Crianças

Dia das Mães

Dia dos Avós

Se liga neste mini-documentário sobre o trabalho que vem sendo realizado a mais de 26 anos!

Confira a entrevista concedida pelo Japão Viela 17 !

Desde dos anos 90 eu e minha mãe decidimos entregar cestas básicas para quem se encontrava em vulnerabilidade social, começamos a campanha de natal em 1994, todos os anos fazíamos até o surgimento da pandemia, devido a necessidade da população Ceilandense desde o surgimento da pandemia, continuamos a campanha, o que era campanha anual se tornou uma diária, estamos desde de Março de 2020 nessa luta.

Devido a falta de atenção do estado, no nosso caso distrital, a proporção de pedidos para assistência alimentar tomou uma proporção gigantesca, atendíamos cerca de 14 famílias inicialmente de uma hora para outra a lista aumentou para 810 e logo a estabilização da pandemia com a chegada da vacina e a aberto do comércio abaixou para 642, atualmente estamos com 405 famílias mensais.

Não tenho ajuda alguma de grandes empresas, o recurso dessa campanha provém do meus rendimentos de direitos autorais, streaming e pequenos empresários e profissionais liberais, todas as ações são feitas com a colaboração de amigos(as) que estão comigo desde o início da campanha e fazem parte das minhas redes sociais.

Vale ressaltar que grande parte da campanha são executadas em parcerias e o maior parceira é a Nafros da amiga Nair e o Tchaka e o amigo Willy Marinheiro (constituímos uma amizade virtual, ele me ajuda desde o início da campanha mensalmente e nunca nos encontramos pessoalmente) e o professor Dudu Bass que também não tive o prazer de conhecer, ambos de São Paulo.

Eu sei algumas:

Entrega de cestas basicas;

Arrecadação para pagar aluguel de um deficiente físico;

Arrecadação para enterros;

Cite a maioria que vc se lembrar.


Começamos somente com distribuição de cestas básicas, depois surgiram diversas demandas como sepultamentos, medicações de alto custo (mensal para 3 mulheres com câncer), construção de 2 casas uma do zero e outra destruída por incêndio, 5 alugueis (para um deficiente e 4 famílias), compra de insumos como cama hospitalar que serviu para 4 famílias, sondas gástricas para internados com covid, cadeiras de rodas, muletas e cadeiras de banho, mobiliamos 7 residências para comunidade venezuelana e distribuição de alimentos, muitos brinquedos e doces em datas específicas (Natal, Páscoa e Dia das crianças) roupas e cobertores para a população em situação de rua.

Sinceramente o combate à covid no país é um fracasso, as pessoas que necessitavam trabalhar se arriscaram e muitos ficaram pelo caminho, o DF oscilou entre cuidar da população e agradar os desmando do governo federal, mas entre mortos e feridos a fome e o desemprego venceu.

Aumentou drasticamente, nunca vi nesses meus 50 anos tantas pessoas em situação de rua, hoje o maior número de pedidos que eu tenho são para pagar aluguéis, com parceria com a Nafros, consegui algumas vezes pagar hotéis para que algumas pessoas possam utilizar para banho devido o tempo exposto nas ruas sem higiene pessoal.

6- Quando o foco está totalmente direcionado para um público alvo eu procuro não saber
quem está fazendo algo, uma coisa é certa, na minha campanha, pouquíssima ou quase
nenhuma pessoa ligada ao Hip Hop me ajudou, salvo alguns poucos artistas que somaram,
mas a maioria de artistas que estão comigo não são do Hip Hop.

Esse é meu principal motivo, conheço o Hip Hop como uma linha transformadora para uma revolução entre povos periféricos.

Conheço sim, infelizmente perdemos aqui no DF o rapper Sandrox figura essencial e cativa, na minha campanha ajudo algumas famílias de rappers que são famosos e hoje se encontram em dificuldade esses estão na lista mensal.

Todos os artista foram prejudicados nessa pandemia, a falta de apoio ao setor cultural é uma constante que se arrasta a anos, infelizmente ainda teremos muitos desafios pela frente até que a situação se restabeleça, se restabelecer, não acredito que em 2022 estaremos livres do vírus e trabalhando de forma contínua.

Meu maior medo durante essa pandemia ainda continua reinando que é pegar a covid, graças a DEUS não peguei e já me vacinei com todas as doses mas não abro mão da velha e boa prevenção, uso sempre duas máscaras, higienizo as cestas para as entregas e não faço ação alguma em local com aglomeração, minhas cestas são entregues em cada residência por mim mesmo ou para retirada com horário marcado na casa da minha mãe.

Aprendi a editar vídeos e fiz inúmeros lançamentos em meu canal do YouTube, gravado pelo celular é editado por mim, consegui lançar 4 músicas com temas recorrentes do que vi na pandemia e fiz algumas lives para fortalecer a arrecadação de recursos para viabilizar compras de alimentos.

Essa pandemia é um misto de aprendizado, na sua maioria aprendemos de forma triste a sobreviver, mas destaco que aprendi a controlar mais meus medos, ansiedades, aprendi que consigo movimentar as coisas remotamente e a mais sabia de todas, aprendi a reconhecer pessoas maravilhosas na qual posso contar e me distância de algumas que só fazem peso na terra.

Eu sinceramente acho que quem faz parte da cultura Hip Hop e conhece seu real teor tem a obrigação de cuidar dos seus, quem não o fez até hoje sugiro que faça.

99% das famílias que assisto são constituídas por mulheres, elas reinam suas residências e por essa força e garra fazem de tudo para manter a dignidade.

Atendo sim, como respondi anteriormente, 99% das famílias que atendo são constituídas por mulheres e em sua maioria mulheres negras e mulheres que durante toda dificuldade priorizou a dignidade e amor a família.